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Gungrave G.O.R.E - Análise

Um jogo preso no passado no pior sentido.


Gungrave G.O.R.E é um jogo de tiro em terceira pessoa desenvolvido pelo estúdio coreano IGGYMOB e publicado pela Prime Matter. Ele tem como foco o aspecto arcade desse gênero, com ação a todo momento e um sistema de ranking que te instiga a jogar bem e cumprir todos os requisitos das missões. Esse é o terceiro jogo da franquia onde acompanhamos Grave, um homem que após ser morto é ressuscitado em busca de vingança contra a organização chamada Seed, nesse jogo Grave e Mika (personagens principais da franquia) têm o objetivo de acabar com essa organização de vez por todas.


Gungrave é uma franquia que nasceu no PlayStation 2 e nunca atingiu uma grande audiência. Sendo sempre algo focado em um nicho. Muitos anos depois ela retorna agora em uma nova geração, mas o sentimento que prevalece é que ainda é um jogo daquela época. No menu há uma opção de recap da história dos jogos anteriores e é altamente recomendado assistir, pois eles não se dão ao trabalho de apresentar os personagens e muito do contexto da trama, mas no fim não é tão necessário saber de tudo, pois é apenas um pano de fundo para a ação.

Logo no início o jogo já nos apresenta com uma cinemática bem impressionante visualmente que nos leva direto a ação, a primeira impressão é bem positiva, mas some assim que ganhamos controle do personagem, já que tem algo muito estranho no jeito que ele se movimenta e as animações não são nada convincentes, mas nada disso importaria se o combate fosse divertido (spoiler: não é).


Em 90% do seu tempo com o jogo, você anda para frente atirando em tudo que se mexe com uma mecânica de tiro bem travada e nada satisfatória. Grave usa duas pistolas e cada vez que apertamos o gatilho ela dispara cinco balas, a mira é automática então o combate no jogo se resume a andar e pressionar o botão de tiro infinitas vezes até que tudo esteja morto, alguns inimigos impõem desafio e nesse momento temos uma esquiva bem lenta e ruim de usar. Podemos também usar uma habilidade que reflete projéteis maiores como granadas e mísseis. O jogo também tem a opção de usar ataques corpo a corpo, mas é tão ineficiente e pesado que acaba sendo o último recurso apenas.

Com tudo descrito acima já pra ter uma noção do quão repetitivo o jogo fica após algumas horas, e isso poderia não ser um problema tão grave, caso ele fosse curto e com cenários bem construídos e visualmente interessantes, o que não é o caso, já que ele se estende muito mais do que deveria e os mapas são corredores sem vida e genéricos, metade do jogo se passa em bases industriais onde é impossível distingui-las. Nas poucas vezes que o jogo apresenta um cenário legal, o mérito é mais do gráfico que é decente do que a parte artística.


Tudo no jogo é repetitivo, exaustivo, tem pouquíssima variedade de inimigos e habilidades (essas que você pode comprar usando a moeda você ganha dependendo da sua pontuação na missão que varia de aumentar o dano e a vida até novos combos), mas que não mudam e nem dão variedade aos encontros. O jogo tenta variar um pouco com algumas fases específicas que jogamos com outros personagens e algumas lutas contra bosses que apesar de não serem boas são bem vindas pois quebram o ritmo.

Veredito:

Gungrave G.O.R.E falha em quase tudo que faz de um jogo divertido e engajante. Sua história é apenas um pano de fundo clichê e sem personalidade. Graficamente o jogo entrega algo competente mas a direção de arte faz tudo parecer morto e repetitivo, o combate do jogo não tem profundidade nenhuma e com poucas horas de jogo já se mostra cansativo. É aquele tipo de jogo que faz parecer que cada hora é uma eternidade e no fim não tem muito o que falar dele, é um jogo vazio e você só quer esquecer que jogou. É um jogo preso no passado, no pior sentido. Não há muito o que escrever sobre uma experiência que se repete por horas sem apresentar nada interessante que te faça querer voltar para ele.



Cópia cedida pela Prime Matter

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